Parque fotovoltaico do TRE-RN
O projeto de instalação de usinas fotovoltaicas foi iniciado em outubro de 2018 – com o objetivo de atender a demanda de consumo de energia elétrica da Justiça Eleitoral no RN e a crescente evolução dos dados de consumo – e incluindo desde a realização de análise de viabilidade técnica até a sua instalação, contemplando ainda a previsão de ações futuras como monitoramento contínuo, para assegurar o equilíbrio do payback, e controle dos resultados, como a regulamentação da política de uso racional de energia elétrica, com vistas a nortear a governança sustentável na avaliação de projetos que possam envolver aumento do consumo de energia.
A iniciativa consta dentre as recomendações do TCU e as sugestões de práticas de sustentabilidade, de racionalização e de consumo consciente, orientadas ao Poder Judiciário pelo CNJ, além de atender a uma das diretrizes estratégicas fixadas pelo TSE para toda a Justiça Eleitoral no quadriênio 2017-2020, qual seja, fortalecer as políticas socioambientais. Atualmente, o TRE/RN se destaca na região Nordeste como único tribunal eleitoral a implantar usinas de geração de energia fotovoltaica.
No tocante à redução do consumo de energia elétrica, tivemos alguns resultados já em 2020, que cabem ser comentados abaixo:
1. Historicamente, o consumo no mês de janeiro é sempre inferior à média anual, em decorrência da redução de consumo causado pelo recesso do Judiciário. No caso, em janeiro de 2020, foram consumidos 132.534 kWh;
2. Nos meses seguintes, em fevereiro e março, o consumo retornou lentamente à média de consumo normal, de 154.000 e 159.000 kWh, respectivamente;
3. A partir de abril, o consumo referente a março apresentou uma drástica queda no consumo, para 103.000 kWh, ocasionada pelo afastamento temporário dos servidores, magistrados, estagiários e terceirizados;
4. Esta redução de consumo, causada pela pandemia, permaneceu nos meses de maio, junho e julho, quando o consumo atingiu a primeira mínima de 74.000 kWh;
5. Em julho houve a entrada em produção das usinas fotovoltaicas de Assu, Pau dos Ferros e do COJE (Natal), que seria aparente a partir da fatura de agosto;
6. Porém, no mês de agosto, houve a retomada de trabalhos presenciais voltados às eleições, principalmente nos cartórios eleitorais, constatada pela elevação do consumo de 74.000 kWh para 101.000 kWh em setembro;
7. Há de se ressaltar que embora elevado o consumo do mês de setembro, em pleno ano eleitoral, foi inferior ao consumo do mês de janeiro. Essa diferença decorreu da geração de energia das usinas;
8. Com o pleno funcionamento da usina fotovoltaica do COJE (1.000 KWp), verificou-se uma nova redução no consumo nos meses de outubro a dezembro, variando entre o mínimo de 66.000 e máximo de 87.000 kWh;
9. No pico do consumo em período eleitoral, no mês de outubro, que se refletiu na fatura de novembro, o máximo consumido foi de aproximadamente 87.000 kWh, inferior ainda ao mês de janeiro.
Com esse cenário, constata-se uma evolução em termos de eficiência no consumo de energia elétrica depois da entrada em funcionamento dos sistemas fotovoltaicos, cujo parque abrange hoje as seguintes usinas:
Usina | Local | Capacidade | Entrada em funcionamento | Custo |
Natal | Centro de Operações da JE | 1.000KWp | Junho/2020 | 2.600.171,63 |
Pau dos Ferros | Cartório eleitoral da 40ª e 65ª ZE | 26,9KWp | Junho/2020 | 115.211,48 |
Assu | Cartório eleitoral da 29ª e 54ª ZE | 20KWp | Julho/2020 | 67.999,00 |
Parnamirim | Cartório eleitoral da 50ª ZE | 99KWp | Março/2021 | 360.000,00 |
Nova Cruz | Cartório eleitoral da 12ª ZE | 20KWp | Agosto/2022 | 94.000,00 |
João Câmara | Cartório eleitoral da 10ª e 62ª ZE | 20KWp | Agosto/2022 | 94.000,00 |
- E-mail do laboratório: alzira.inova@tre-rn.jus.br