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Iniciativa

TST com Linguagem Simples

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TST com Linguagem Simples

 

Por quê?

A Justiça é para todos — mas nem todos conseguem compreendê-la. Muitos conteúdos jurídicos ainda são redigidos com linguagem técnica e inacessível para grande parte da população. Isso gera desinformação, dificuldade de acesso aos direitos e afastamento da sociedade do Judiciário.

Essa iniciativa nasce com o propósito de iniciar uma mudança cultural no TST, promovendo a adoção da linguagem simples na atividade judicial, com foco no público externo. A ideia é transformar um conteúdo judicial real do TST em um exemplo claro, acessível e compreensível para qualquer pessoa. Mais do que resolver um problema, essa iniciativa aproveita uma oportunidade de ouro: a de aproximar o Judiciário das pessoas, aumentar a confiança social nas instituições e dar mais transparência ao que é feito.

Além disso, ela está totalmente alinhada à Meta 9 do Poder Judiciário, ao Prêmio CNJ de Qualidade 2025 e ao compromisso com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes, da Agenda 2030 da ONU, que estimula o acesso à informação, a inclusão e a construção de instituições responsáveis e acessíveis a todos.

Transformação esperada:
A sociedade poderá entender com mais clareza os conteúdos jurídicos produzidos no TST, reconhecendo o Judiciário como um parceiro acessível, transparente e eficaz.

Como?

A iniciativa será desenvolvida por meio de oficinas de inovação com foco em cocriação, aplicando a metodologia Design Thinking, com destaque para a jornada do Duplo Diamante:

Etapas do processo criativo:

  1. Exploração do problema (Divergência):

    • Brainstorm com os participantes para levantar conteúdos judiciais que poderiam ser transformados com linguagem simples.

  2. Definição do foco (Convergência):

    • Escolha de um conteúdo específico da atividade judicial do TST para ser o primeiro exemplo de transformação.

  3. Geração de ideias (Divergência):

    • Criação de diversas formas de aplicar linguagem simples ao conteúdo escolhido.

  4. Prototipação e refinamento (Convergência):

    • Seleção da solução mais eficaz.

    • Construção de um protótipo de como o conteúdo ficaria com linguagem simples e acessível.

    • Definição de indicadores de valor e impacto a serem monitorados após a aplicação.

O que?

Realização de Oficina de Inovação com servidores do TST e especialistas convidados. O objetivo é cocriar, de forma colaborativa, um protótipo de aplicação da linguagem simples sobre um conteúdo jurídico real.

Esse protótipo servirá como case inicial de transformação, mostrando na prática como o TST pode se comunicar de forma mais direta com a sociedade.

Processo de Inovação

A metodologia de base será o Design Thinking, aplicada com as seguintes técnicas e abordagens:

  • Duplo Diamante (divergir e convergir em dois ciclos: entendimento do problema e solução);

  • Facilitação de grupo, com uso de ferramentas visuais e colaborativas;

  • Cocriação, com construção conjunta da solução entre servidores, especialistas e facilitadores;

  • Prototipagem rápida, para visualização do conteúdo transformado;

  • Testes controlados, antes da implantação oficial.

Após a Oficina

Depois da oficina, o protótipo será aplicado de forma controlada para testes, ajustes e validação com base no retorno dos usuários.

Com os aprendizados dessa fase, será feita a implantação oficial do conteúdo em linguagem simples, e em seguida será realizada a avaliação direta com o público-alvo, para verificar os benefícios e impactos gerados.

Colaboradores / Participantes

  • Facilitadores / Laboratoristas:

    • Priscila Parada (TJDFT - Laboratório AuroraLab)

    • Francisco Nina (TST - InovaJT(CSJT)
    • Kennedy Lima (TST - InovaJT(CSJT)

  • Especialistas em Linguagem Simples e Acessibilidade:

    • Ekaterini (TST - ACESI)

    • Priscila Andrade (TST - ACESI)

  • Público participante:

    • Servidores do TST, com prioridade para áreas ligadas à atividade judiciária.

Etapas e Prazos

Etapa

Período

Responsáveis

Planejamento da Oficina

01/05 a 28/05/2025

InovaJT (TST/CSJT)  + Laboratório AuroraLab

Convite aos participantes

19/05 a 13/06/2025

InovaJT (TST/CSJT)

Preparação da Oficina

16/06 a 27/06/2025

Facilitadores e Especialistas

Realização da Oficina

1º/07 e 15/08/2025 (14h às 17h)

Todos os participantes, facilitado por Laboratório AuroraLab + InovaTST (TST/CSJT)

Local

Sala de treinamento do TST

-Francisco Nina – InovaJT (TST/CSJT): coordenação geral, facilitação metodológica e apoio à prototipagem;

- Priscila Parada – AuroraLab (TJDFT): facilitação colaborativa, condução da metodologia de Design Thinking, e aplicação da dinâmica de empatia simulada.

O que aconteceu na 1ª Oficina (01/07/2025)?

A primeira oficina, realizada no dia 1º de julho de 2025, contou com a participação de servidores do TST, especialistas em linguagem simples e acessibilidade, e foi facilitada pelo InovaJT (TST/CSJT) e pelo AuroraLab (TJDFT).

  • Documento ou Tema selecionado: Consulta Pública Processual do TST, escolhida por votação entre os participantes como o conteúdo com maior potencial de impacto social e necessidade de simplificação;
  • Mapeamento de dificuldades comunicacionais: A oficina permitiu identificar expressões técnicas, experiência do usuário, estruturas e termos recorrentes que dificultam a compreensão dos usuários externos ao Judiciário, apresentação não facilitada para pessoas com deficiência;
  • Identificação da pergunta/problema a ser solucionado: Durante a oficina, os participantes, por meio de um brainstorming, levantaram as seguintes questões, representando as principais dúvidas das partes sobre a consulta processual:

 

"Quando meu processo será julgado no TST?"

"Quando meu processo sairá do TST para o Tribunal Regional ou Vara, para que eu receba o que me é devido?"

"Onde meu processo está atualmente? A consulta processual mostra os movimentos, mas não esclarece a etapa em que se encontra nem quais são as próximas etapas para a sua resolução."

"Os movimentos processuais disponíveis na consulta pública não são claros o suficiente para informar o andamento do processo, pois seguem a tabela processual única do CNJ."

"Os movimentos processuais apenas informam o que aconteceu, e não quais são os próximos passos do processo."

 

  • Pergunta/problema central: A partir dessas observações, identificamos a seguinte pergunta central, sob a perspectiva da parte: "Quando meu processo será resolvido?"

Para solucionar essa questão, considerando os requisitos de linguagem simples e acessível, e a viabilidade técnica e operacional da implementação, reformulamos o problema da seguinte forma:

Como criar um sistema de informação processual para o TST que, utilizando linguagem simples e acessível, permita que as partes, sem auxílio de advogado, compreendam a etapa atual do processo e as etapas restantes até a sua conclusão?

  • Etapa de Solução Criativa: Após definir a pergunta problema central — "Como criar um sistema de informação processual para o TST que, utilizando linguagem simples e acessível, permita que as partes, sem auxílio de advogado, compreendam a etapa atual do processo e as etapas restantes até a sua conclusão?" —, os participantes foram divididos em três grupos focais. 
    • Cada grupo teve a tarefa de elaborar soluções criativas, considerando a viabilidade de implementação no TST, a linguagem simples e os princípios de acessibilidade.
    • Os grupos apresentaram suas propostas, que foram posteriormente analisadas e aprimoradas pelos demais participantes, que apontaram os pontos fortes e fracos de cada solução. Esse processo colaborativo permitiu refinar as ideias e construir uma solução mais robusta.

Propostas dos Grupos:

  • Grupo 1: Propôs um sistema de comunicação ativa com o usuário por meio de um chatbot, enviando informações periódicas e em linguagem simples sobre o andamento do processo. Além disso, sugeriu a visualização do fluxo processual em etapas, utilizando uma analogia com aplicativos de entrega, para facilitar a compreensão.
  • Grupo 2: Também sugeriu a visualização do fluxo processual em etapas, semelhante a um aplicativo de entrega, com linguagem simples. A inovação deste grupo foi incorporar a análise de características do processo (recursos, número de partes, relator, etc.) para gerar uma estimativa estatística de tempo para cada etapa.
  • Grupo 3: Apresentou uma versão do fluxo processual em etapas, com foco na acessibilidade. A proposta utilizava uma apresentação vertical das etapas, otimizada para diferentes tamanhos de tela (incluindo smartphones) e com maior facilidade de leitura para leitores de tela, beneficiando usuários com deficiência visual.

Solução Consolidada:

A partir da discussão e análise das propostas, os participantes convergiram para uma solução integrada, combinando os pontos fortes de cada grupo:

 

  • A solução centralizada na visualização do fluxo processual em etapas, com linguagem simples e analogia a aplicativos de entrega, foi aprimorada com os diferenciais propostos pelos grupos:
  • Visualização Vertical: Apresentação vertical das etapas, otimizada para diferentes dispositivos e leitores de tela.
  • Estimativa de Tempo: Incorporação de uma estimativa de tempo para cada etapa, baseada em análise estatística das características do processo.
  • Comunicação Ativa: Implementação de um sistema de comunicação ativa com o usuário, via chatbot, fornecendo informações periódicas em linguagem simples.

 

Essa solução consolidada representa uma síntese colaborativa das ideias geradas na oficina, resultando em uma proposta mais completa e abrangente.

  • A partir desta etapa, os participantes decidiram em consenso realizar a etapa de prototipagem da solução idealizada em outra oficina, para testes e validação com o público-alvo: (agendada para 15/8/2025).

Próximas etapas:

  • Prototipagem colaborativa: Desenvolvimento e apresentação de versões alternativas da consulta processual com foco em linguagem clara, objetiva e acessível, utilizando técnicas de escrita simplificada, organização visual da informação e recursos de acessibilidade;
  • Apresentação (empatia simulada): A aplicação prática dos protótipos permite uma simulação de uso do conteúdo pelo cidadão comum. Essa etapa visa validar a clareza do material, detectar barreiras de entendimento e ajustar os textos, layout e demais características da solução com base nas percepções de usuários simulados;
  • Validação especializada: Especialistas da Assessoria de Comunicação e da Assessoria de Acessibilidade e Inclusão do TST (ACESI), que participaram da oficina, avaliaram os materiais desenvolvidos, oferecendo orientações técnicas e sugestões de aprimoramento;

Engajamento institucional: Implementação da solução de forma oficial no TST, com registro de percepção de valor pelos usuários, para verificar a transformação da solução criativa em inovação.

 

Destaques da Oficina:

  • Documento trabalhado: A “Consulta Pública Processual do TST” foi o conteúdo selecionado por seu alto potencial de impacto social e necessidade de simplificação.

  • Empatia simulada: Os participantes simularam o uso da plataforma como cidadãos comuns, permitindo identificar expressões ambíguas, barreiras de compreensão e pontos de melhoria imediata.

  • Prototipagem colaborativa: Foram desenvolvidas versões alternativas da página com linguagem clara, visual organizado e recursos de acessibilidade.

  • Validação especializada: Profissionais da ACESI/TST participaram da avaliação dos protótipos, contribuindo com orientações técnicas sobre linguagem inclusiva e acessibilidade digital.

  • Capacitação prática: Os participantes vivenciaram o uso de técnicas de inovação e comunicação clara com potencial de aplicação futura em outras áreas do TST.

  • Engajamento institucional: A oficina mobilizou diversas áreas do Tribunal, fortalecendo a cultura de inovação e promovendo troca de experiências.

 

 

Próximos Passos

A iniciativa seguirá com as seguintes ações:

  • Segunda Oficina (15/08/2025): Apresentação e simulação dos protótipos criados, coleta de percepções e refinamento das soluções;

  • Testes com o público externo: Validação da clareza e acessibilidade com usuários reais;

  • Aprimoramento do protótipo: Incorporação das sugestões e ajustes finais;

  • Expansão da iniciativa: Aplicação da linguagem simples em outros tipos de conteúdos e consolidação de uma política institucional de comunicação cidadã no TST.

 

Equipe Facilitadora:

  • Francisco Nina – InovaJT (TST/CSJT): coordenação geral, facilitação metodológica e apoio à prototipagem;

  • Priscila Parada – AuroraLab (TJDFT): condução da metodologia de Design Thinking e dinâmica de empatia simulada;

  • Kennedy Lima – InovaJT (TST/CSJT): apoio técnico e organização da oficina;

  • Ekaterini e Priscila Andrade – ACESI/TST: validação técnica com foco em acessibilidade e linguagem inclusiva.

 

Transformação Esperada

A sociedade poderá entender com mais clareza os conteúdos jurídicos produzidos pelo TST, reconhecendo o Judiciário como um parceiro acessível, transparente e eficaz.

 

Avaliação de Benefícios com o Público-Alvo

Após a aplicação da solução, haverá uma etapa de testes e experimentação, na qual os usuários externos (sociedade) serão convidados a avaliar a clareza, utilidade e impacto do conteúdo transformado.

Esses dados serão fundamentais para mensurar os benefícios reais da iniciativa e orientar futuras aplicações da linguagem simples em outros conteúdos do TST.

 

Tags: Premio25 35 Meta 9-2025 38
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