Modelo de Atuação para Grupos Temáticos de Problemas Complexos: Caso Piloto – Racismo nas Arenas Desportivas
Problema ou necessidade comum:
A atuação de grupos temáticos voltados ao enfrentamento de problemas complexos no Poder Judiciário, como o racismo estrutural e institucional, enfrenta desafios como ausência de fluxos de trabalho padronizados, metas pouco claras, comunicação fragmentada e baixa institucionalização de suas ações. O caso específico do subgrupo de Racismo nas Arenas Desportivas, vinculado ao CNJ, ilustra esses entraves, com impacto direto na efetividade das respostas judiciais e administrativas a episódios de discriminação.
Proposta de valor / benefícios esperados:
Desenvolver de forma colaborativa um modelo de atuação replicável para grupos temáticos (GTs) no Poder Judiciário, com foco no caso piloto do subgrupo de Racismo nas Arenas Desportivas. A solução incluirá definição de objetivos e metas claras, estruturação de processos de trabalho, fluxos de comunicação, mecanismos de monitoramento e critérios para avaliação de resultados.
O modelo, ao ser sistematizado e testado, poderá ser replicado em outras iniciativas voltadas à gestão de problemas complexos, tanto no CNJ quanto nos tribunais parceiros, promovendo maior institucionalização, continuidade e impacto social das ações desenvolvidas.
Como entrega complementar e estratégica, será produzido um vídeo de sensibilização sobre o racismo nas arenas desportivas, com linguagem inovadora, centrada nas dores e realidades vivenciadas, voltado à conscientização pública. Este vídeo será exibido durante partida de futebol a ser realizada entre agosto e setembro de 2025, articulando justiça, esporte e educação em direitos.
Principais beneficiários:
- Cidadãos afetados por práticas discriminatórias, especialmente em ambientes desportivos
- Integrantes de grupos temáticos do CNJ e de tribunais
- Instituições públicas interessadas em desenvolver governança para enfrentamento de problemas complexos
Abordagem metodológica (a ser atualizada até 31/07/2025): Design Thinking
A proposta metodológica está estruturada em duas fases principais:
⇒ Fase 1 – Compreensão e imersão colaborativa: Utilizando a abordagem Design Thinking, será realizada uma oficina com os membros do subgrupo de Racismo nas Arenas Desportivas para mapeamento de desafios e dores enfrentadas. Essa oficina será conduzida com base em metodologias ativas, com foco na escuta empática, cocriação e análise crítica dos fluxos existentes.
Na reunião de abertura do projeto, serão abordados os seguintes tópicos:
- Apresentação do processo de trabalho geral dos laboratórios envolvidos, destacando sua experiência em governança colaborativa, metodologias de inovação e abordagem centrada no usuário;
- Apresentação da demanda inicial recebida do Comitê do CNJ e da análise preliminar realizada pela equipe do projeto, com a contextualização do papel do subgrupo de racismo na definição de políticas e diretrizes no tema;
- Apresentação de nova demanda recebida do Ministro Caputo, relacionada à criação de material de sensibilização – preferencialmente um vídeo – com abordagem inovadora, sensível e efetiva, a ser apresentado em evento na Bahia.
Está prevista uma rodada inicial de três encontros semanais com o subgrupo, com o objetivo de:
- Realizar imersão nos problemas e dores identificados;
- Facilitar sessões de ideação para elaboração do conteúdo do material de sensibilização;
- Planejar e iniciar a estruturação de um modelo de atuação para o grupo.
⇒ Fase 2 – Prototipação, validação e sistematização: Com base nos achados da fase anterior, será elaborado o protótipo do modelo de atuação, validado em conjunto com o subgrupo. Utilizando a abordagem Design Thinking a metodologia empregada será iterativa, com ciclos curtos de teste e feedback. Ao final, o processo será sistematizado em formato replicável, com diretrizes que possam subsidiar outros grupos temáticos do CNJ e dos tribunais.
ODS relacionados:
- ODS 10 – Redução das Desigualdades
- ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes
Observação:
Este projeto está sendo cadastrado com escopo preliminar, conforme permitido, e será reavaliado após oficina de cocriação com os membros do subgrupo de Racismo nas Arenas Desportivas, coordenada com o CNJ e outros laboratórios parceiros.
- E-mail do laboratório: labinova@trt12.jus.br