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Iniciativa

Separar para Reciclar

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TRT3 Sustentável


Entendendo o problema

Este projeto teve origem em uma demanda da Seção de Sustentabilidade e Inclusão do TRT3 ao Laboratório de Inovação. Na oportunidade, a unidade detalhou o problema da falta de adesão dos trabalhadores do tribunal à correta separação de resíduos em suas unidades. Por mais que a Seção de Sustentabilidade se empenhasse em promover a conscientização do corpo funcional sobre a importância do tema, os resultados ainda estavam aquém do ideal. O objetivo deste projeto é, portanto, desenvolver e implementar uma solução para otimizar a gestão de resíduos nas unidades do Tribunal, garantindo a efetiva separação interna de resíduos recicláveis e orgânicos. Ao longo de 3 encontros, o Laboratório de Inovação conduziu  oficinas utilizando a metodologia do Design Thinking a partir do seguinte desafio/problema: Como organizar a separação interna dos resíduos recicláveis e orgânicos para aumentar a quantidade de resíduos destináveis ao reciclo?


Participantes

Facilitadores Laboratoristas:

Christiane Dominique Kunze

Hudson Oliveira Freitas

 

Participantes

CAROLINA SANTA ROSA NOGUEIRA DA GAMA - Secretária de Material e Logística

DANIELA DE OLIVEIRA CASTRO -  Chefe da Seção de Governança em Gestão de Pessoas

FERNANDO BRESCIA DOS REIS - Secretário da Escola Judicial

HENRIQUE FAGUNDES CARVALHO - Chefe da Seção de Teletrabalho

 

JUNIA PAULA FERNANDES DE OLIVEIRA - Chefe da Seção de Sustentabilidade e Inclusão

RAFAEL DE OLIVEIRA BICALHO - Diretor da Secretaria da 12A. Vara do trabalho de Belo Horizonte

REBECA DE CASTRO ROCHA  - Servidora da Seção de Sustentabilidade e Inclusão

SOLANGE JULIA FERNANDES COIMBRA - Secretária de Gestão de Serviços e Terceirizados

THAIS DA COSTA CRUZ - Secretária de Governança e Estratégia

WALNETE APARECIDA FERNANDES - Servidora da Secretaria de pessoal

EDMEIA ALMEIDA SILVA - Terceirizada, encarregada.


Metodologia Design Thinking

Fase de Imersão

A fase de imersão foi iniciada a partir do seguinte desafio/problema: Como organizar a separação interna dos resíduos recicláveis e orgânicos para aumentar a quantidade de resíduos destináveis ao reciclo?

Ferramentas Utilizadas:

  • Matriz CSD
  • Árvore de problemas
  • Mapa de atores
  • Mapa de empatia

Matriz CSD

A ferramenta empregada permitiu a todos uma melhor compreensão do problema, explicitando certezas, suposições e dúvidas. Com ela, foi possível identificar informações importantes como a falta de sinalização adequada das lixeiras, muitas delas sem sacos e destinadas a todos os tipos de resíduos, falta de informações sobre o destino final dos resíduos após a coleta e orientações claras sobre a separação dos resíduos. Atualmente, as unidades da capital contam com uma lixeira individual, localizada embaixo de cada estação de trabalho, destinada ao descarte de materiais secos e recicláveis, e outra na cozinha, destinada para materiais não recicláveis e restos de alimentos.
A matriz CSD também revelou dúvidas acerca da possibilidade de mensuração da quantidade de lixo produzida, sobre como outros tribunais lidam com esse tipo de problema e sobre o interesse das pessoas pela temática.


Árvore de problemas

Em seguida, utilizamos a ferramenta Árvore de Problemas para identificar as potenciais causas, diretas ou indiretas, da ineficiência ou inexistência da separação interna de resíduos recicláveis. O desafio, definido como o caule da árvore, foi: "A separação interna de resíduos recicláveis é ineficiente ou inexistente". A partir daí, os participantes buscaram as possíveis causas raízes, as causas das causas. Entre estas identificadas, destacaram-se: a falta de informações claras sobre a separação dos resíduos; a quantidade insuficiente de lixeiras; e a falta de conhecimento sobre o tema.


Mapa de atores

Utilizando o Mapa de Atores, os participantes identificaram e categorizaram os envolvidos no problema: público-alvo, atores diretos e atores indiretos. Entre o público-alvo estão os geradores de resíduos: servidores, magistrados, terceirizados e demais funcionários do tribunal. Como atores diretos, foram apontados a unidade de sustentabilidade e os terceirizados responsáveis pela coleta. Por fim, a alta administração, o meio ambiente (o planeta), a ASMARE (Associação dos Catadores de Papelão e Material Reaproveitável) e o CNJ foram identificados como atores indiretos. Essa análise foi fundamental para a posterior aplicação do Mapa de Empatia.


 


Mapa de empatia

O Mapa de Empatia permitiu uma compreensão mais aprofundada do problema, já que os participantes foram expostos ao ponto de vista de diferentes atores. Ao analisar o desafio da coleta seletiva sob diferentes óticas (servidor em geral, terceirizado, servidor da Seção de Sustentabilidade e Inclusão, e servidor da Alta Administração), utilizando perguntas norteadoras como "O que ele vê?", "O que ele ouve?", "O que ele sente?", "Quais são suas necessidades e dores?", a complexidade e abrangência do problema tornaram-se mais evidentes. Mapas de empatia foram elaborados para cada um desses perfis (conforme demonstrado a seguir):

Mapa da empatia: Servidor

 

 

Mapa da empatia: Terceirizados

 

 

Mapa da empatia: Seção de sustentabilidade

 

 

Mapa de empatia: Alta administração

 


Insights

  • A separação de resíduos recicláveis e não recicláveis não acontece no tribunal, a exceção da gráfica
  • Tem pessoas que não sabem como reciclar (faltam orientações, cartazes pouco visíveis, lixeiras sem instruções, poucas campanhas para explicar)
  • Tem pessoas que sabem como reciclar mas tem preguiça, ou não querem
  • Muitos não sabem a destinação dos resíduos recicláveis do tribunal (Asmare)
  • Não há punição nem consequências para o tribunal e para as unidades quando não há reciclagem (verificar se há impacto no IDS)
  • Não há estrutura suficiente no tribunal para tocar as ações

Redefinição do problema: Como podemos organizar a separação interna dos resíduos recicláveis e orgânicos para aumentar a quantidade de resíduos destináveis ao reciclo?


Pesquisa com o usuário

Uma pesquisa realizada via Google Forms, direcionada aos servidores e magistrados do TRT3, buscou informações sobre a eficácia da separação de resíduos no Tribunal. As questões abordaram:

  • A percepção sobre a ineficiência da separação de lixo;
  • A facilidade em identificar materiais recicláveis;
  • O impacto de informações de fácil acesso sobre o descarte de resíduos;
  • A utilização de um ponto de coleta por andar; 
  • Sugestões para incentivar a separação de resíduos.

188 pessoas participaram da pesquisa. Os resultados apontaram a necessidade de melhorias, com relatos de sistemas de separação já existentes em algumas unidades e manifestações de interesse em separar corretamente os resíduos, desde que haja orientações e lixeiras adequadas. Diversas sugestões de melhoria foram apresentadas.

A pesquisa revelou, ainda, a seguinte distribuição dos respondentes:

  • 30% do interior do estado;
  • 26% da unidade localizada na Rua Desembargador Drumond; 
  • 16,5% da unidade localizada na avenida Getúlio Vargas;
  • 14% da unidade localizada na rua Goitacases; e
  • 19% de unidade localizada na rua Curitiba.

Além disso, 92% dos participantes demonstraram interesse em separar o lixo no Tribunal. Embora 78% afirmem separar os resíduos em casa, apenas 52% o fazem no trabalho. Apesar de 71% conhecerem a existência da separação de resíduos no Tribunal e 62% saberem como fazê-la, um alto percentual (66%) descarta latas de refrigerante e 67% descartam copos descartáveis de forma inadequada (na cozinha ou em qualquer lixeira). A falta de conhecimento também é significativa: 61% desconhecem o destino final do lixo reciclável do tribunal e 55% desconhecem o tratamento dado a esses resíduos pelos terceirizados.

A pesquisa apontou as seguintes razões para a ineficiência da separação de lixo no Tribunal:

  • 56% dos respondentes atribuíram a falta de conhecimento sobre a destinação correta de cada material;
  • 50% citaram a falta de conhecimento sobre a adoção da coleta seletiva pelo Tribunal; e
  • 38% apontaram a falta de comprometimento dos colaboradores, que descartam o lixo na lixeira mais próxima, mesmo conhecendo a importância da reciclagem.
  • Outros motivos incluíram a falta de percepção da importância da reciclagem, a percepção de ser uma tarefa humilhante ou trabalhosa, a falta de procedimentos e orientações claras (incluindo sinalização nas lixeiras), a falta de divulgação, a falta de treinamento para os terceirizados e a ausência de tratamento ou destinação adequada dos resíduos em algumas localidades do interior.

Para viabilizar a separação de resíduos, as sugestões incluíram:

  • organização da coleta;
  • adequação dos ambientes de trabalho com pontos de coleta, lixeiras e sacos adequados;
  • informações claras e visíveis (com exemplos);
  • campanhas de conscientização;
  • orientação pessoal;
  • cursos de reciclagem;
  • informação sobre a destinação final dos resíduos;
  • definição de embaixadores da sustentabilidade, que seriam pessoas selecionadas nas unidades, responsável por orientar e monitorar o descarte correto do lixo;
  • garantia do recolhimento adequado pelos terceirizados.

A pesquisa também destacou a necessidade de viabilizar a coleta seletiva nos municípios do interior que ainda não possuem esse serviço, através de parcerias com os municípios.


Fase de Ideação

A fase de ideação, realizada por meio de brainstorming, consolidou as ideias levantadas na pesquisa com os usuários e nas oficinas. Considerando a complexidade do desafio, optou-se por uma solução multifacetada, envolvendo ações inovadoras em diversas áreas identificadas durante a imersão e a pesquisa. As seguintes ideias foram selecionadas para prototipação:

  • Organização das lixeiras: Implementação de pares de lixeiras (recicláveis e não recicláveis), devidamente identificadas e estrategicamente posicionadas em cada andar, após definição conjunta dos locais ideais.
  • Cartaz informativo: Criação de cartazes com instruções claras e intuitivas para a separação de resíduos recicláveis e não recicláveis.
  • Visitas a aterros sanitários: Promoção de visitas a aterros sanitários com o propósito de sensibilizar e conscientizar servidores e demais trabalhadores do tribunal.

Prototipagem e Teste

A prototipação será realizada em dois conjuntos de unidades do Tribunal: quatro varas do trabalho em Belo Horizonte, localizadas num andar do prédio da rua Goitacases e uma unidade localizada no prédio da Rua Desembargador Drumond. Nesses locais, todas as lixeiras existentes serão substituídas pelas novas lixeiras, posicionadas conforme definido pelos participantes das oficinas e devidamente identificadas. Serão fixados cartazes orientativos localizados acima de cada conjunto de lixeiras contendo orientações conforme sugestões levantadas na etapa de pesquisa com o usuário e elaborado em conjunto pelos participantes das oficinas. A proposta é que a fase de teste dure cerca de 1 mês, com início previsto no final de março de 2025. Durante essa etapa, em cada unidade de implantação do protótipo, será feito o acompanhamento da separação dos resíduo para fins de validação futura do protótipo.

  

   

Implantação do protótipo na Diretoria de Orçamento e Finanças, no prédio da Rua Desembargador Drumond:

  

 

Implantação do protótipo na 25ª, 26ª, 27ª e 28ª Vara do trabalho, no 12º andar no prédio da rua Goitacazes:

   

 


Visita aos aterros

1ª Visita: aterro sanitário de Sabará

Na manhã da sexta-feira no dia 11/04/2025, 15 servidores de diversas áreas do TRT-MG participaram da visita ao aterro sanitário de Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte. Durante a visita, os servidores acompanharam uma palestra ministrada pela engenheira ambiental Stela Gomes, da Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Macaúbas, sobre gestão de resíduos sólidos. Considerada referência nacional em sustentabilidade, a CTR Macaúbas é o maior aterro sanitário de Minas Gerais e o terceiro maior do país.

2ª Visita: aterro sanitário de Sabará

No dia 22/05/2025, na visita, estiveram presentes servidores de diversos setores do Tribunal, além de um estagiário e duas terceirizadas, corroborando para a importância de multiplicação do conhecimento.

 

Tags: sustentabilidade 29
  • E-mail do laboratório: colabore@trt3.jus.br